domingo, 15 de junho de 2014

2014: TODOS PODEM VENCER

A oposição eufórica contabiliza  uma coligação eleitoral com 11 partidos, incluindo PR  e DEM. Todas sondagens indicam uma percepção mais negativa do que positiva do governo incumbente. Jatene só mantém força perceptível no nordeste paraense.
Mas um governador recandidato sempre será um osso duro de roer.  Os estrategistas tucanos acreditam que Jatene vencerá bem na região metropolitana e no nordeste do Pará e equilibrará a disputa no sudoeste e  sul do Pará. Neste cenário, os tucanos chegariam nas eleições com boas chances de vitória. Jatene   vem sendo amplamente rejeitado no oeste do Pará.
O perfil das notícias políticas hoje veiculado no jornal O Liberal já nos antecipa a face da campanha que nos aguarda nos próximos meses. Será uma campanha duríssima em todos os seus aspectos, eu diria que esta disputa nos lembrará em muito os anos cinquenta e sessenta da política paraense envolvendo baratistas versus não baratistas.
Enquanto os maiores polarizadores desta competição se preparam para as batalhas “sangrentas”, onde o passado e o presente de todos serão revisitados, novas perspectivas se abrem para este pleito que poderá contribuir para amenizar os choques entre PSDB e PMDB. Este fator chama-se terceira via ou Duciomar Costa do PTB.  Todas as informações fidedignas que recebo indicam que Dudu será candidato até com 40 segundo de TV. Hoje Dudu já contaria com dois minutos, que seriam o tempo do PTB, PRB e PRTB.
Dudu contaria com três fatores que se somariam desde já em seu favor. Primeiro é que a marca da corrupção ou  malversação de recursos públicos é uma característica que já está impregnada em todos os três principais candidatos. Na verdade o povão acha que todos os três candidatos  são corruptos. E como tal, o que os diferenciará será a capacidade de realização retrospectiva. O Mais realizador terá mais chance de crescer.
Os assessores de Dudu  entendem que o mesmo é  muito conhecido nas regiões próximas de Belém e por ter sido eleito senador, não seria desconhecido no Pará. O pouco tempo na TV não o prejudicaria, haja vista que já é uma figura pública de grande notoriedade.
Um segundo fator amplamente visualizado pelos observadores políticos e por Dudu, em particular, é que todo o racha protagonizado dentro do PSDB tende a desaguar no porto do “homenzinho de Traquateua”. Dudu espera receber muitos apoiadores oriundos do grupo do senador defenestrado Mário Couto. Ninguém deixa de perceber que Couto tem um grande aliado dentro do PSDB, que é o deputado Nilson Pinto, e a terceira via sonha com estas adesões, mesmo que venham a ser informais.
Uma terceira grande perspectiva dos formuladores da terceira via é contar com o arrefecimento da intenção de voto no candidato do PMDB Helder Barbalho. Todos esperam que o que ocorreu com Socorro Gomes em 1992, Elcione em 1996 e Priante em 2012 venha a se repetir em 2014 com a candidatura Helder. Estes candidatos, segundo estes observadores, naufragaram após serem explicitamente conectados, em Belém, à figura do senador Jáder Barbalho, nas disputas para a prefeitura. Assim todos esperam que Helder venha sofrer este mesmo fenômeno nas regiões urbanas dos grandes centros eleitorais do estado.
Como o voto de Helder é um voto anti-Jatene, uma possível  queda da preferência eleitoral em Helder teria como destinatário a terceira via, representada pelo pequenino de Traquateua. O mais novo cálculo dos arraiais  da terceira via é a certeza de que a escolha do DEM como vice do PMDB, reduziria o voto petista mais programático e ideológico no candidato do PMDB. Este voto seguiria o rumo do PSOL. Assim o PMDB perderia mais uma parcela significativo de votos nas regiões mais populosas do estado.
Nesta percepção da distribuição espacial do voto nas eleições estaduais de 2014, a terceira via, não teria, em nenhuma hipótese menos de 17% dos votos válidos, o que equivaleria dizer que Dudu se transformaria no maior eleitor do Pará num eventual segundo turno. Ou seja, sobraria para a elite política apoiadora do terceira via, farto espaço no secretariado do governador eleito. Todos  estariam bem posicionados para os próximos 4 anos.
Como vemos, o cenário político do Pará está clareando. Os tucanos podem vencer. O PMDB pode vencer. E a terceira pode vir a fazer a diferença. O jogo ainda está aberto.
Do Bilhetim

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