quinta-feira, 6 de março de 2014

A POLÍTICA DE VERDADE E O ASSISTENCIALISMO BARATO

Temos vivido um tempo em que a política assistencialista tem tomado o lugar da política de verdade. Talvez seja porque o assistencialismo barato seja mais visível, e traga mais votos do que à busca pela implementação de políticas públicas de verdade, que venham transformar significativamente a vida das pessoas.
Políticos com mandatos têm priorizado fazer doações do que a construção de obras que venham contribuir significativamente para melhoria da qualidade de vida dos habitantes do município. Para eles é mais preferível doar cestas básicas, cargas de gás, materiais para construção, medicamentos, etc., do que construir escolas, hospitais, ginásios, unidades de saúde, etc..
Todos nós temos conhecimento de políticos que conseguiram se eleger e até se reeleger, graças à prática do assistencialismo. Pois agraciar o povo com benesses é mais fácil do trabalhar adequadamente, criar projetos e alternativas para as problemáticas sociais que afligem a população. E muitos são os que estão ludibriando o povo com doações e favores, mas são completamente desprovidos das características mínimas necessárias para ser um legislador ou gestor de um município. O assistencialismo barato além de um crime social, é também a aids social de qualquer nação, pois além e não resolver o problema dos cidadãos, injeta-lhes o comodismo na alma, tirando-lhes completamente o desejo de lutar para mudar a miserável condição de dependência em que se encontram e, que nem mesmo conseguem enxergar.  Quando se estimula o assistencialismo barato, você aniquila o potencial de crescimento das pessoas.
Apesar de tudo, acreditamos que a consciência política do nosso povo está se desenvolvendo, mesmo que lentamente. Quero me negar a acreditar, que aqueles que vendem seus votos sejam maioria. Quero me recusar a crer que a política do “toma lá da cá” vá imperar sempre. Não acredito que o assistencialismo barato, venha se sobressair à verdadeira política que versa pela igualdade de direitos, e que busca o bem estar comum. Pois, se isso for verdade vou ter que concordar com Voltaire, quando disse: “o povo tolo e bárbaro precisa de uma canga de um aguilhão e feno”. 
Por: Gleyson Castro *
*Licenciado Pleno em História & Bacharel em Teologia

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