A partida que aconteceu na noite desta quarta-feira (29) entre Cametá e Santa Cruz no Parque do Bacurau, em Cametá, foi encerrada em meio a tumulto. Segundo denúncia do técnico do Tigre, Sinomar Naves, o meia Alex Gaibu, sofreu racismo do bandeirinha. Parte do elenco do Santa Cruz tentou invadir o vestiário dos árbitros, mas foi impedido pela Policia Militar.
“O bandeirinha gritou “Corre ai, Negrinho”, fui lá com ele e falei que estava me desrespeitando e disse que iria denunciá-lo, mas sou um cara muito tranquilo e não fiz nada. Nunca aconteceu isso comigo, mas não ligo muito para essas coisas, isso é besteira”, amenizou Gaibu.
Para Sinomar Naves, que vem reclamando constantemente da arbitragem paraense, o caso precisa ser tratado com delicadeza. “O Gaibu foi ofendido ao conversar com o bandeirinha. Isso é crime racial. Acho que ele (bandeirinha) não deveria ter feito isso. Enquanto todo mundo está lutando para que o futebol seja jogado sem violência, acho que ele não está preparado para apitar jogos de importância como tem sido esses jogos do campeonato”, disse o técnico.
Os árbitros passam por constantes reciclagens e sempre antes do Campeonato Paraense começar, os profissionais fazem curso preparatório. O presidente da comissão de arbitragem da Federação Paraense de Futebol (FPF), José Gilberto Guilhermino de Abreu, tem certeza que tudo não passou de um mal entendido. E segundo Guilhermino o árbitro envolvido no caso, foi o assistente dois, Phellip de Souza Coimbra, de 20 anos. “Afirmo com convicção que nenhum dos nossos árbitros falaria isso, eles passam por treinamento e nunca arbitragem paraense passou por isso. Tenho certeza absoluta que isso não aconteceu. Por este motivo, não tomaremos nenhum posicionamento, se o caso tiver algum desdobramento, será junto ao sindicato da arbitragem”, disse o presidente.
"Ofensas no momento que o jogador vai reclamar há, mas nunca ofensas racistas, isso não temos históricos. O Phelipp é um garoto novo, de 20 anos e bem preparado. Repito mais uma vez, isso não ocorreu, pode ter sido apenas um mal entendido”, finalizou Guilermino.
(Bruna Dias/DOL)
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