Governador reeleito, Simão Jatene (PSDB) caminha para encerrar o seu segundo mandato – e iniciar o terceiro a partir de 1º de janeiro de 2015 – com a implosão de dois mitos na política paraense.
1º) De que para vencer eleição para governador no Pará seria imprescindível, uma espécie de condição sine qua non, o apoio do gigante PMDB.
Jatene não só derrotou o Golias nas urnas, como impôs a derrota ao filho do dono do partido no estado – o mítico Jader Barbalho, com todo o seu império midiático perfilado na campanha.
2º) Que para governar o Pará seria necessário, para não trilhar numa propalada insegurança política, fazer do PMDB um partido aliado, entregando-lhe, se assim Jader Barbalho exigisse, a presidência da Alepa (Assembleia Legislativa do Pará).
Jatene, há mais de 2 anos, dirige o estado com o PMDB fazendo a mais selvagem e encarniçada oposição, sem que isso tenha colocado em risco, a qualquer momento, a governabilidade do Pará.
Ao contrário, sem a paquidérmica sigla barbalhiana a sugar o oxigênio do Estado, o governador tem conseguindo potencializar o crescimento de forças políticas paraenses fora da órbita tucano-petista-peemedebista.
É o caso do PSD, PSB, PSC e Solidariedade.
Diferente do PT, que no Pará sempre fez política pautado no respeito religioso a esses dois dogmas, Simão Jatene não hesitou em desobedecer “as escrituras” quando as circunstâncias assim lhe exigiram.
Ousou. E entrou para a história.
Do Jeso
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