Revoltados com a morte de um morador durante um assalto em São Sebastião da Boa Vista, na ilha do Marajó, populares perseguiram os assassinos, matando um suspeito e espancando o outro. Um terceiro acusado foi preso pela Polícia. A vítima do latrocínio, o barqueiro Jair Idevan de Jesus Alves, de 50 anos, foi atacado por volta de 9 horas da última segunda-feira. Seis homens participaram da ação criminosa. “O que vocês querem?”, perguntou Jair, ao ser abordado pelos bandidos, informou a delegada Adriana Magno, titular da Delegacia de São Sebastião da Boa Vista. Por causa dessa pergunta, dois deles o mataram. Ele foi alvejado com dois tiros de revólver calibre 38 e quatro de revólver calibre 32. Jair morreu na hora.
Os bandidos roubaram material de trabalho do barqueiro, configurando o crime de latrocínio (roubo seguido de morte). O crime ocorreu na comunidade rio Paquetá, distante aproximadamente uma hora da sede da cidade. Indignadas com o assassinato de Jair, aproximadamente 40 pessoas começaram a caçar os criminosos. Durante as buscas, ainda conforme a delegada, eles localizaram dois deles. Um foi dominado e teve a arma retirada das mãos. Com esse mesmo revólver, foi baleado, morrendo também no local. Ele foi identificado como Italo Braga do Nascimento, de 19 anos.
O outro detido foi baleado e, ainda, espancado pela população. Trata-se de Roquefeler Brabo Ferreira, de 21 anos, que, em estado grave, foi transferido para o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, na capital paraense. Outro envolvido com o bando, Adriel Santana Ramos, o “Orelha”, 20 anos, foi perseguido pelas polícias Civil e Militar e preso. Ele é fugitivo da Colônia Agrícola Heleno Fragoso. A delegada Adriana disse ainda que Adriel confessou ter participado do roubo ao barqueiro, mas negou ter matado Jair. Ele foi autuado, em flagrante, por latrocínio e formação de quadrilha e continuará preso, à disposição da Justiça.
Os três que fugiram já foram identificados: Andrey Felipe Gomes da Costa, 22 anos, Gedielton Tavares, 19, e Jofre Gomes Rocha, 27. A delegada Adriana também informou que será apurado quem participou da morte de um acusado e do espancamento do outro, embora, nesses casos, seja difícil identificar as pessoas, já que elas próprias protegem umas às outras, além do fato ter ocorrido em uma comunidade bem distante da sede do município. A delegada Adriana considerou “atípico” esse acontecimento em São Sebastião da Boa Vista.
Fonte: O Liberal
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